Mobile Learning, ponto de partida

Com base no artigo “APRENDIZAGEM, MOBILIDADE E CONVERGÊNCIA:” (Link:https://anhembi.blackboard.com/bbcswebdav/pid-5874699-dt-content-rid-22008827_1/courses/201722.00189.01/Artigo_Aprendizagem%2C%20Mobilidade%20e%20Converg%C3%AAncia.pdf) fica claro que existem duas linhas de opiniões sobre o que o uso de celulares e tecnologias móveis representam na educação, em alguns casos o celular é a bala de prata para os problemas atuais e o outro ponto que mais me agrada é o que para mim se resume na citação “As tecnologias por si só não resolvem.” Müller e Pereira (2011), digo isso pois um celular ou dispositivo móvel por si só são apenas objetos inanimados, assim como um machado sem cabo ou um carro sem motor, as possibilidade que esses dispositivos podem oferecer para os estudantes é que os difere, pois possibilitam o rompimento das barreiras de tempo e espaço, além de hoje existirem diversos aplicativos que agregam valor ao ato de estudar.

Estamos vivendo em um mundo onde o conhecimento está disponível de forma on-line e gratuita, a graças aos celulares e redes móveis, ao alcance dos dedos em qualquer hora e lugar, claro que deixando os problemas de acesso de lado, o importante é saber que as informações não está mais restritas às salas de aulas, escolas e bibliotecas, na internet é possível ter acesso a informações sobre qualquer assunto e área do conhecimento, basta digitar o que se busca no Google que ele te responderá com infinitas páginas de links para sites do assunto pesquisado, além de uma enorme oferta de vídeo aulas e fóruns de discussão, e uma citação me chama a atenção, Dutra e Comini (2010, p.102).

“Observa-se, também, que a volatilidade do conhecimento e da informação se acentuou na primeira década dos anos 2000, devendo-se acentuar cada vez mais no futuro. As pessoas se sentem desorientadas com esta volatilidade, sem saber como pensar seu desenvolvimento e como filtrar a enorme quantidade de conhecimentos e informações ao seu dispor.”

Nesse novo mundo onde o professor não é mais o detentor do conteúdo os alunos ganham autonomia para trilhar o seu próprio caminho em busca das informações e a principal vantagem dos celulares nesse momento é o fato de a grande maioria dos estudantes ter seu aparelho e estarem com ele a postos para realizar buscas dos assuntos quando esse se faz necessário. Pensando em métodos de sala de aula invertida, onde o professor demanda um tema e o aluno fica responsável por absorver o conteúdo previamente, o celular entra como um grande aliado nesse processo, sendo o facilitador de acesso ao conteúdo sem a necessidade de um computador ou um livro, além de os celulares atuais terem ferramentas que dispensam o uso de computadores e tablets para realizar anotações ou edição de textos, o celular agrega todas essas funções e em muitos casos sem a necessidade de instalação de novos aplicativos.

O fato de os celulares serem de uso pessoal e dispositivos dotados de um sistema operacional altamente personalizável, o tornam tão importantes quando se fala em educação, pois possibilita a personalização nos meios de aprendizagem que o aluno não pode obter em laboratórios de informática ou mesmo na sala de aula, em um dispositivo portátil o aluno pode escolher a melhor hora e local para assistir a uma aula, ler um texto ou usar aplicativos de simulação ou atividades para treinar os seus conhecimentos e obter feedback imediatos sobre suas atividades.

O fator portabilidade também é um dos atributos que tornam o celular uma ferramenta indispensável quando se fala em acesso a conteúdos pois possibilita que independente de barreiras físicas ou temporais o aluno tenha acesso ao conteúdo que ele necessita, e também possibilita um canal de comunicação direta com colegas de classe e professores para que esses possam interagir sem estarem presentes no mesmo local e compartilhar conteúdos e conhecimentos.

O projeto BridgeIT, presente na américa Latina e Asía é um bom exemplo da utilização de tecnologias móveis como fator de mudança na educação, os celulares são utilizados como extensão das salas de aula, levando conteúdos atualizados a escolas geograficamente isoladas. (UNESCO Policy Guidelines for Mobile Learning, 2013).

Para que as novas tecnologias sejam inseridas no cotidiano escolar e passem a fazer parte da rotina de aprendizagem é preciso ter atenção ao fator de conhecimento dessas tecnologias, os nascidos na era digital possuem uma melhor sintonia e adaptação a utilização dessas no processo de aprendizagem, em contrapartida os professores mais experientes não possuem esse mesmo conhecimento e familiaridade com os meios digitais, sendo assim o melhor caminho para a correta inserção de novas tecnologias no processo pedagógico o professor precisa ser orientado quanto ao uso dessas ferramentas, pois em uma sala de aula, em um ambiente que os alunos possuem maior conhecimento de utilização de determinada ferramenta o professor se sentirá pouco a vontade em fazer parte pois se sentirá menos preparado que os alunos. Um bom exemplo de situação, onde os alunos se mostram melhor preparados diante de um professor sem preparo para efrentar os desafios da sala de aula pode ser visto no trecho do filme “Sorriso de Monalisa”, (Link: https://www.youtube.com/watch?v=fXE2ApcTFTw).

Em conclusão, as tecnologias móveis e os alunos já estão preparados para essa mudança de paradigma, basta apenas que os professores sejam devidamente paramentados e  além de treinamento e formação adequada possam fazer parte do planejamento pedagógico que passará por mudanças em relação a inserção dessas novas ferramentas no processo de aprendizagem.
Referências

  1. https://www.edools.com/sala-de-aula-invertida/
  2. https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/a-era-do-conhecimento-e-seus-novos-desafios/59861#_ftn2
  3. https://www.administradores.com.br/noticias/academico/o-aluno-como-protagonista-a-importancia-da-personalizacao-na-educacao-superior-do-seculo-xxi/117388/

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